terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Poema de sangue





Tempo? Tenho algum. Mas não me sobram muitas linhas e a tinta já vai acabar.
Porém, mesmo assim, insisto e não desisto. Insisto em brincar de provocar.
Provocar cores, sons, arrepios. As vezes até consigo escutar alguns gritos, alguns gemidos... Insisto nos amores, nas besteiras, nos meu vícios, nos caprichos... E sonho.
Como sonho!
Sonho com palavras tortas em versos mancos de linhas certas no final deste caderno mal lido.
Sonho que meus rabiscos não serão em vão.
Sonho sonhos de papel, papel rabiscado, papel molhado (de lágrimas?). Sonho com palavras certas em dias certos ao lado da pessoa certa. (Querer demais?)
Sonhar com o que é certo. Certo pelo menos pra mim.
De certo que vou chorar e contra isso nem vou lutar.
De certo que vou amar e com isso me machucar.
De certo que vou tomar banho de chuva, dar vexame na rua e confundir o brilho dos olhos de minha menina, com o brilho da lua.
De certo que o passado pode ser amigo e que nosso maior inimigo somos nós mesmos. Pobres e tolos mortais.
O passado se foi mas e o futuro? Ouvi dizer que ele nem existe e de presente, até hoje eu só ganhei o agora e que ainda sim insiste em nunca permanecer.
Está é a última linha. Tinta? Está acabou a alguns versos atrás por isso já escrevo com o sangue do meu coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário