Porque a cada imagem que vejo me vem um borrão na consciência!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Pedaços de mim
Nasci assim, somente um pedaço.
Dizem que há outras partes de mim por ai.
Bobagem... Quem fala isso deve estar apaixonado.
Pra ninguém ouvir
Voyer
domingo, 20 de junho de 2010
Fria
De mudança
domingo, 6 de junho de 2010
O tal do Verbo
No principio era o verbo!
Não, verbo não... Melhor dizendo: No principio era a força!
No principio era só a força de passar sonhando um novo sonho.
Era a força de vencer a madrugada e levantar pra acordar o dia antes dele acordar.
Era a força de passar o café pras crianças, passar a mão na foice e esperar a condução passar.
No principio seu moço, no principio o tempo era difícil.
Ler num sabia não sinhô. Escrever muito menos. No principio a gente não sabia muito das palavras não.
A gente conhece como é a palavra SUOR no rosto, a gente conhece como é a palavra CALO na mão.
A gente sabe como é a palavra MISÉRIA no prato se a gente não consegue plantar a palavra COMIDA no chão.
A gente não conhecia era a palavra PAPEL.
No principio seu moço, no principio o papel era difícil que só vendo! Isso que a gente chamava de escrevinhar... Isso que me ensinaram a chamar de escrever!
Eu parei pra matutar: Quando é que vou fazer a palavra EU ter sentido no papel do mundo?
Olha só, tenho filho já criado e tenho filho pra criar, mas quem é que iria me ensinar a palavra EDUCAR?
Engraçado, me disseram por aí que o tal do verbo é ação num é mesmo?
Pois a ação que tiveram foi a de querer me ensinar! A ação que eu tive? Foi a de querer aprender.
Matemática: 1+1=2
Mas a sua ação de ensinar mais a minha ação de aprender é igual a uma só ação. Mas virá uma ação tão bonita, tão bonita que chega a dar gosto de ver! Chega a dar gosto de sentir.
Pra você ter idéia seu moço, eu soletro pra você entender.
Sentir: S-E-N-T-I-R.
Viu como sentir agora é fácil. Sentir que estou no mundo. Sentir que o mundo é pra ser lido!
Mas desculpa sinhô, desculpa se esse tanto de palavra tomou o seu tempo.
O meu tempo também lá vai se embora. Mas a gente continua a vida, escrevendo por esse nosso chão que é pra vida deixar de lamento.