sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Limpeza


Toma cuidado, moça. Por onde andas não é superfície lisa.
É chão de buracos, moldado pelo tempo.
É pele cortada, cicatrizada, marcada.
Vê que por vezes o caminho se faz escuro.
Vê que por vezes o caminho se desfaz.

Mas se os tumultos não lhe abatem e teu amor é um duro escudo eu lhe digo:
Bem vinda!
Pode entrar... Talvez a realidade seja que a casa só necessita de limpeza, de abrir janelas para sua luz entrar.
De tirar a poeira dos móveis.
Do sofá, dos quadros, da mesinha de centro e das folhas de plástico.
De tirar a poeira do imóvel, o meu coração.

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