quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mesmo Que Seja Verão


A folha lá em cima, balançando num vai e vem
Brincando de dança mas dançando pra ninguém
Esperando o vento para a fazer de par
O vento que era tímido soprava mas sem muito arriscar
Sentou-se o moço no banco sentindo solidão
Não olhava pra cima, sem nenhuma atenção
A folha de cima, sozinha, queria platéia
Como em teatro grande, fazer  grande estréia
De olhos pra baixo não se via a dança
Nem se via a moça que chegava mansa
Do lado do triste a alegria sentou
A folha assistindo tudo até se animou
Tendo em vista que já eram dois
Do alto de tudo a folha se pôs
De par com o vento ela bailava
Como em música tranqüila, valseava
A moça ao moço pediu “Olhe pra cima”
E a folha descia, como poesia, como rima
Ela até perguntou “como ela cai se ainda é verão?”
Ele pensou até que a dança se extinguiu quando tocou o chão
Fazia sentido, aquilo era a vida
Da partida da folha até a sua despedida
Ele disse “parece que tudo pode ser confuso quando estamos em pares, quando a dança é de emoções. faz da noite o dia, o coração palpita e parece que estamos em outras estações”

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