segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nada Eterno



Amor, tal qual quem ajoelha de fronte a sua face, tal qual aquele que de pele tão gasta e grossa, pelos silenciosos calos da servidão castigada, que no ajoelhar não sente mais o chão. Amor, tal como quem te ama, te peço: amor!
Que me sirva de quem tú és não em um banquete a finos pratos e prataria real. Mas sim em um pano estendido em campo aberto, entre meio sol e meia sombra numa tarde que pareça longe do fim.
Que eu coma de tua sinceridade e em teus olhos beber da mais pura alegria.
Que o nosso fim seja apenas a lua vindo anunciar o nosso sono e antes de adormecer teríamos a ação do contrapeso de nossos corpos.
Amor, não te peço nada eterno mas que sejamos sempre além de um dia.
Que um dia sejamos além.

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