Hasteio a bandeira e
me prontifico a representar o desapego.
Não esse desapego que é disposto pelos jovens vorazes, que
por tanta intensidade tudo se torna pesado e, por falta de espaço, leveza não
há.
Desapegar é subir na mais alta montanha, encontrar lá a mais
bonita flor e, simplesmente, não contar para ninguém. É apropriar somente pelo olhar.
Desapego não é o descartar, desapegar é carregar no sorriso aquilo que a gente se
esforça para carregar no peito. Desapego é aliviar-se.
Desapego é postura, posto que o apego é sentimento sobreposto, amontoado, tumultuado, em demasia
desgastado e por pressão encurralado.
Desapego mesmo é o bastar-se.
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