Vendaval vendou você que é pra não perceber .
Que a gente passa e o tempo se afasta.
Com medo da gente sabotar.
Com medo da gente eternizar, do relógio parar!
Apaga a luz, por favor. Puxa pra cima o cobertor, clareia com o seu olhar.
E fique assim: se eu disser que é hora do fim você sorri pra mim.
Diz também que é hora de recomeçar... O samba na rua!
Eu e você dançando pra lua.
O samba lá fora!
Dançar com você ate perder a hora ♫
Porque a cada imagem que vejo me vem um borrão na consciência!
terça-feira, 29 de novembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Ter
Tenho os ponteiros do relógio como crucifixo.
Cada segundo conta como castigo por perder você.
Tenho a lua cheia todo mês pra zombar do meu vazio.
Tenho desgosto porque você se foi com o meu gosto e nenhuma outra me traz tão bom paladar.
Tenho pena de mim e cumpro pena pelo erro fatal.
Não tenho você.
domingo, 20 de novembro de 2011
Medo de Assoprar as Velas
Diz pra mim que o tempo vai muito além de qualquer grão de ampulheta, além de qualquer badalar, tic tac’s, posição do sol...
Que o risco em meu rosto é muito mais que presente dos anos.
Que as linhas faciais são estradas pra outro lugar.
Que cabelos brancos são uma exótica vaidade.
Que dizer “bons tempos” é uma mera convenção social.
Que eu não vou apagar quando a vela eu soprar.
Diz pra mim qualquer coisa que me acalme.
Diz pra mim que o melhor não passou.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Um violão, Uns Trocados, Uma Alegria
A moça todos os dias via o músico de rua tocar.
Ele com um violão velho e roupas não diferentes disso, com um chapéu no chão e poucas moedas dentro a descansar.
Ela não tinha moedas mas todos os dias ela sussurrava no ouvido do artista:
_Não lhe dou moedas mas lhe dou outro belo presente, um sorriso de alegria.
E saia... Ela sorrindo. Ele também.
Era assim todos os dias. Um chapéu, uns trocados e alegria.
Até que em um dia ela não mais sorria. Ainda sem as moedas mas no bolso tristeza ela tinha.
Parou em frente ao músico. Suspirou e não falou. Ficou ali. Felicidade não ficou.
Ele andou, deu passos a favor dela. A olhou, suspirou, sussurrou:
_Joga sua tristeza no meu chapéu. Quero bem mais do que os seus dias de alegria.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Sala de Espera
Espero na ante-sala do seu coração.
Sentado nas cadeiras de esperar, lendo uma revista qualquer sem perceber o que as palavras querem falar.
Olhando constantemente para o relógio.
Olhando constantemente para o relógio.
Esperando a porta abrir e o meu nome você chamar.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Quando Me Fugiu a Poesia
Perdi minhas palavras, deixei a porta aberta e se foram.
Passei dias a esperar, sentado nessas cadeiras de balançar. Tal qual quem só espera a vida passar.
Mas lá, distante, no fim da rua eu vejo você.
Linda a me apresentar.
Vindo a passos calmos e sorriso tranquilo, com um embrulho nos braços.
Era a minha poesia protegido pelo seu abraçar.
Você me entrega o presente, eu abro e as palavras logo prontificam-se a pular.
Eu sorrio e as palavras se juntam, então é criada uma poesia sobre minha alegria.
Você sorri e é criada uma poesia sobre minha paixão.
Era a minha poesia de volta.
Era eu querendo ter você pra mim.
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