Porque a cada imagem que vejo me vem um borrão na consciência!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Meio Cheio
Os meus sapatos velhos.
O meu bolso furado.
O meu copo meio cheio.
O meu amor por você.
Parece ser bem aquilo que você sempre me diz:
Tenho pouca coisa nessa minha vida.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Um conto sobre contar
Passo o dia contando passos.
Conto dias, conto horas.
Os segundos os conto também, mas somente às vezes, pois segundo eles, estou querendo passar rápido demais.
Fico repassando falas e falando sozinho.
Fico fazendo juras sobre o que me é passado.
Ando ao acaso só para que tudo que me passe não deixe de ser uma surpresa.
Enquanto ando encontro algumas portas.
Encontro portas e perco algumas chaves.
Por isso ando contando com a sorte.
E um dia desses talvez, pela força do quem sabe, eu passe cantando em frente à porta de alguém que me faça parar de contar.
1...2...3...(...)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Morada
Não te espero
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Não há de ser nada (O Teatro Mágico)
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Não há de ser nada, pois sei que a madrugada acaba, quando a lua se põe
O abraço de um vampiro é o sorriso de um amigo e mais nada
Não há de ser nada, pois sei que a madrugada acaba, quando a lua se põe
A estrela que eu escolhi não cumpriu com o que eu pedi
E hoje não a encontrei
Pois caiu no mar, e se apagou
Se souber nadar, faça-me o favor
O milagre que esperei nunca me aconteceu
Quem sabe só você
Pra trazer o que já é meu
Brilha onde estiver
Faz da lágrima o sangue que nos deixa de pé
domingo, 5 de dezembro de 2010
O nosso silêncio
O que eu nem ao menos tinha
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Quase
Partida
Sou Poeta
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Boneco velho
Tenhos os pés molhados
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Tenho os pés molhados e um cigarro apagado entre dedos enquanto eu ando entre ruas onde entre pessoas as vezes eu nem ao menos pareço ser mais um.
Levo o cigarro sem cinzas até a boca por mera força de hábito.
Até parece que eu não preciso de fumaça, a cidade já me pulsa como um câncer.
É doença, é uma outra forma de morrer... ou viver.
Tanto faz! Eu nem mesmo entendo o porquê estou pensando nisso, afinal de contas eu tenho os pés molhados e um cigarro apagado.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Como se fosse morrer.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Do Que Preciso
domingo, 1 de agosto de 2010
O que trás a Chuva
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Os desenhos do teto, causados pela infiltração da chuva, brincavam de ser tudo aquilo que ele queria ter.
Era fácil enxergar um banco, talvez de praça, talvez ônibus, (imaginava-se em muitas situações só por precaução).
Enxergava outras pessoas, pareciam estar em movimento, passando por ele.
Viu quem tinha pressa e não lhe deu nenhum segundo de visão.
Viu quem parecia passear com um cachorro (ou um coelho dependendo do ponto de vista). Viu também quem parecia andar acompanhado ou ao menos alguém grande o suficiente pra tomar espaço de dois!
Viu o que parecia ser criança, viu o que parecia ser velhos com problemas nas costas. (Não quis incluir nenhum corcunda na história pra não fugir da realidade).
Via o queria e do jeito que bem entendesse.
Quer dizer, tudo o que queria, de certa forma, não.
Via espaço demais ao lado de quem ele era sentado no banco.
Não via quem ele queria ser do lado daquela que ele queria ter.
Mas é engraçado porque ele sorria.
É engraçado porque ele sempre dizia que talvez ela apareceria com a chuva de um próximo dia.
E se?
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E se você me surgisse assim, no meio de qualquer tarde sem graça, alguns atos antes da lua se mostrar substituta do sol.
E se você viesse vestida das cores que eu mais gosto eu com certeza teria no fundo da minha gaveta de roupas velhas, uma canção pra você.
E se por isso o dia não precisasse nascer, posto que com isso o nosso canto não teria fim e que teríamos toda luz que precisássemos só pela flexão dos nossos olhos.
E se nos faltasse notas sei que inventariamos tantos outros sóis que de tanto subir escala teríamos estrelas de platéia.
E se as palavras nos traíssem sei que pela forma que meço meus dedos no teu corpo eu te mostraria outra maneira de comunicar.
E se ainda sim o dia insistisse em nascer a gente inventaria algum absurdo que seria pra todo mundo daqui fugir.
Mas e se antes de tudo isso você realmente estivesse aqui, esse poema nem precisaria existir.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Sobre Folhas (ou um Conto de Infância)
Enquanto espero o Sinal
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Entre Tantos
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Entre tantos, agora eram carne em simetria.
Entre afagos, algumas pausas. [Pura necessidade de respiração].
Entre mãos, cicatrizes, espinhas, pêlos ou qualquer outra coisa que nos é natural.
Entre gosto é agridoce, o doce veneno do sal da pele.
Entre espaço não temos mais nenhum centímetro. Tudo é linha tênue e entre nós a linha agora é curva.
Entre apegos o desapego do tempo e das lembranças. Indiferença para qualquer Tic-Tac.
Entre sons, o silêncio e a quebra do silêncio com sussurros ditos em outras línguas.
Eram assim:
Entre dedos, cabelo.
Entre corpos é comum.
Entre muitos eram dois.
Entre dois eram um.
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